A data é celebrada com missas, procissões e festas religiosas em diversas regiões do país. Não é considerado um feriado nacional, já que depende de decisões dos governos municipais e estaduais. Vale ressaltar que das 27 capitais brasileiras, 13 decretaram dia 8 de dezembro como feriado: Aracaju (SE); Belém (PA); Belo Horizonte (MG); Boa Vista (RR); Cuiabá (MT); João Pessoa (PB); Macapá (AP); Maceió (AL); Manaus (AM); Recife (PE); Salvador (BA); São Luís (MA); Teresina (PI).
A festa em honra a Imaculada Conceição foi estabelecida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A solenidade foi oficialmente definida como dogma de fé pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854.
Maria é considerada padroeira de vários locais, como Portugal, Espanha, Estados Unidos, além de ser padroeira de diversas cidades e arquidioceses.
Maria, exemplo de mulher e fé
O Senhor antecipou para Maria, a “bendita entre todas as mulheres”, a graça da Redenção que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte. A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto da Redenção de Jesus.
Dogma da Imaculada Conceição
A definição do Dogma da Imaculada Conceição foi cercada de fatos muito significativos. Já existia a devoção dos fiéis a esse privilégio de Maria, afirmado na S. Liturgia em obras teológicas, quando aos 17/11/1830 uma Irmã de Caridade de Paris, Catarina Labouré, que foi canonizada em 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII, em oração viu Nossa Senhora. Ela declarou: “Os seus pés repousavam sobre o globo terrestre; de suas mãos voltadas para a terra jorravam feixes de luz. Formou-se em torno da Virgem uma moldura oval, sobre a qual se liam em letras de ouro estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós'”.
A religiosa recebeu também a ordem de mandar cunhar uma medalha de acordo com tal modelo. Informado da ocorrência, o arcebispo de Paris, Monsenhor de Quélen, permitiu a cunhagem da medalha, que se propagou rapidamente e ficou conhecida como a “medalha milagrosa”.
Tais fatos só fizeram aumentar no espírito dos cristãos a devoção à Imaculada e o desejo de que se definisse o dogma respectivo. Pio IX mandou estudar o assunto por parte de bispos e teólogos, e resolveu, finalmente, proceder à definição aos 08/12/1854, na basílica de São Pedro, em presença de mais de duzentos bispos e uma enorme multidão de fiéis.
E menos de quatro anos após a definição do Dogma da Imaculada, deu-se um acontecimento, que contribuiu extraordinariamente para confirmar a palavra do Papa: as dezoito aparições de Lourdes, de 11/02 a 16/07 de 1858.
Sendo que, a 25/03, a Bem-aventurada Virgem declarou expressamente ser a Imaculada Conceição. Era como o eco da aparição a Santa Catarina Labouré e uma resposta à declaração do Papa em 1854, assim em 8 de dezembro de 1854, Papa Pio IX declarava “Dogma de Fé” a doutrina que ensina ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio divino.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um marco fundamental da fé, porque, entre outras coisas, define claramente a realidade do pecado original, o qual, às vezes, é contestado por alguns teólogos modernos em discordância com o Magistério da Igreja.
É fundamental que entendamos que “a palavra dogma” significa verdade. É algo que não muda e que somos obrigados a acreditar, mesmo que não entendamos. É uma verdade, embora não científica; é uma verdade religiosa que foi revelada por Deus.
Que a Imaculada Conceição rogue pela nossa fé para que nunca percamos a certeza da verdade em meio às trevas e tribulações.
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