[...] Se queremos que nossa vida tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: BOTE FÉ e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; BOTE ESPERANÇA e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; BOTE AMOR e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. BOTE FÉ, BOTE ESPERANÇA, BOTE AMOR! [...]
—Papa Francisco, 5/07/2013, Praia de Copacabana, Brasil.

Francisco pede para acolher, proteger, promover e integrar migrantes e refugiados...

Nesta sexta-feira, dia 24, o Vaticano divulgou a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2018.

No texto, Francisco chama a atenção para a situação dos mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados.

“Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental”, afirma.

Na mensagem, o Santo Padre reflete sobre o motivo de haver tantos migrantes e refugiados no mundo. Ele recorda que, na mensagem para essa mesma data no ano 2000, o então Papa João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos das guerras, conflitos, genocídios e “limpezas étnicas” que caracterizaram o século XX.

Francisco explica que, infelizmente, até agora não houve uma mudança no novo século, de forma que os conflitos armados e outras formas de violência continuam causando o deslocamento de populações, dentro dos países ou fora deles. Mas também há outros fatores, como o desejo de uma vida melhor.

“As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz”.

Indo no sentido oposto adotado por muitos países de destino que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, Francisco convida a um olhar de confiança, enxergando a oportunidade de construir um futuro de paz.

“Detendo-se sobre os migrantes e os refugiados, este olhar saberá descobrir que eles não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem. Saberá vislumbrar também a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que, em todas as partes do mundo, abrem a porta e o coração a migrantes e refugiados, inclusive onde não abundam os recursos”.

Para oferecer a paz que procuram os requisitantes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano, o Papa fala de uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.

Ele menciona ainda na mensagem o processo que, ao longo de 2018, deve definir e levar a ONU a aprovar dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares e outro sobre refugiados.

Francisco conclui a mensagem recordando Santa Francisca Xavier Cabrini, padroeira dos migrantes.

“Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que ‘o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz.”

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Fonte:
Título original: 
Mensagem do Papa Francisco para Dia Mundial da Paz 2018
Canção Nova Notícias

Tags:
Papa Francisco, Vaticano, 51º Dia Mundial da Paz, celebrado, 1º de janeiro de 2018, migrantes, refugiados, crianças, homens, mulheres e idosos.